sexta-feira, 6 de junho de 2014

As minhas contradições são parecidas

'A little touch of something
A lot of love for nothing
And now our heart once open
Will be closed'



'Mas sempre de mãos dadas
para que a certeza seja maior.'

domingo, 18 de maio de 2014

Sei que não saberei

Quero-te preparar na bruma, minha essência, amor
Que esse sorriso foi todo meu
na luz que incendeia a cor, que não é tua
mas resultado do encontro de algo nosso em esplendor
Porque em nós, até o desamor tem encanto, e o desencanto tem história
e os beijos permanecem em memória de um memorial que não quis
mas fiz, aconteceu...
E nunca nada voltou a ser como foi
e deixámos de ser pessoa inteira, porque tivemos a essência rasgada
de ânsias breves, de sonhos corridos, de sonhos morridos...
Ah, a fúria da paixão!
Tive de vivê-la, para aprender que o silêncio
que o abraço perpétuo
que o amor sereno
que o olhar secreto
que a vida é calma.
E com os ossos moídos amanhã aí estou, aí me tens
nos teus braços curiosos e despidos,
sem me teres de tanto me esqueceres.
E no decorrer de alguns trejeitos haverão pausas e em meios murmúrios nascerão pétalas de chuva em flor.
Porque a vida é breve, mas há noites eternas
Sem ser eterno o amor.


Rita

As a weapon ...




'I feel your knife as is goes right in
Cut to my core but I'm not bleedin
All that you say trying to make me small
Well the bigger you get the harder you fall

You use your words as a weapon dear
But your blades don't hurt when you have no fear

You think that your deep under my skin
Your tryin to keep me sufferin

If you use your words as a weapon
Then as a weapon, I'll shed no tears

You have My heart but I lock it up
This burning flame has been burnt enough
My window's cracked they can be replaced
But your arm will tire throwing stones my way

You use your words as a weapon dear
But your blades don't hurt when you have no fear

You think that your deep under my skin
Your tryin to keep me sufferin

If you use your words as a weapon
Then as a weapon, I'll shed no tears

You use your words as a weapon dear
But your blades don't hurt when you have no fear

You think that your deep under my skin
Your tryin to keep me sufferin

If you use your words as a weapon
Then as a weapon, I'll shed no tears

I'll shed no tears'

sexta-feira, 28 de março de 2014

::)

'(...)Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua, eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta tua ausência me causou
Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
À espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida'

segunda-feira, 24 de março de 2014

Vou descalça

Eu estou a pensar que o mundo às vezes é todo amarelo e muito redondo. Que não vale a pena seguir um caminho só porque é mais fácil, só porque vão todos por ali ou porque o nosso amor e os nossos amores também escolheram ir por ali. Seremos felizes nesses lugares só porque estão lá pessoas importantes? É possível.
Mas há pessoas importantes em todo o lado, mesmo que na mais profunda solidão, tu continuas ali, importante, significante.
Porquê por aqui? E porque não? Se há um impulso e uma voz a mil gritos que te dizem e empurram o coração num sussurro doce e calmo 'por aqui, por aqui'. E tu vais porque sentes, mesmo com o coração a tremer e os olhos em sangue, que não poderás ser pessoa inteira se recuares ou voltares atrás.
Sentaste cansado, a pensar, a dormir sobre o assunto ou a espiar a paisagem de uma forma secreta, a adiar decisões.
Adiar uma decisão não tem de ser, necessariamente, mau. Desde que não o façamos constantemente ou o prolonguemos por demasiado tempo. Mas o que é uma constante e o que é demasiado tempo? Cada um sabe de si estas coisas para si.
Resolves seguir, por uma estrada de terra batida. E o coração dói-te, dói-te a ausência e a solidão. Mas se o destino estiver mesmo traçado, podes seguir e eles podem seguir por onde quiserem, porque o mundo é muito redondo e vamos sempre todos encontrar-nos e re-encontrar-nos. Todos muito diferentes, abraçados ou zangados porque não compreendemos as decisões alheias.
Aprendeste a solidão e o encontro. E nesses desencontros todos sorris, cantas baixinho e gritas só para ouvires o eco de uma voz.
Aprendes a solidão e continuas a caminhar. 'Tira as sandálias dos pés, pois a terra que pisas é solo sagrado'.



R.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Vou pensar nisso depois

O que significam essas palavras todas,estranhas, sem tradução directa? O que significa este estado de espírito? A disposição e a indisposição? Alguma coisa, claro. Mas tantas  vezes nada. Apenas a vontade de ser outra coisa ou pessoa sem consciência ou tirar a consciência e colocá-la a olhar para mim sobre um prisma qualquer. 
Se é a minha consciência que me pensa, que me vê, então eu nunca me penso nem vejo. É como quando toco uma mão com a outra mão. Consigo distinguir se o que estou a sentir é uma mão sobre a outra ou uma sob a outra? 
Não faz muito sentido estar ali. Nem aqui, às vezes.
Mas a distância também nos pode dar a urgência de voltar e colocar um monte de ideias em prática.
Ideias,  o que valem? O que são?
Cada vez gosto menos de pensar, fico ali bloqueada, indecisa a tentar perceber o que é melhor, o que é mais lógico. O tempo continua a passar enquanto fazemos isso.
E no fim do dia. No fim da noite. Sobra a exaustão sem resultados. O pensamento.
A apatia. Dormir, esquecer.
Não, não estou a tomar atenção. Já nem consigo quase formular uma frase minimamente em condições.
É um vício. Mais e mais. O resultado é sempre a exaustão. 
O silêncio. Um dia foi angustiante, mas se hoje me responderem com um silêncio eu até agradeço. Não é que não dê mais trabalho a interpretar, às vezes não é tão imediato assim, mas sempre posso tentar ignorar e pensar nisso depois.
Às vezes dou por mim a pensar que faço por merecer um destino semelhante ao da Scarlett do Gone With The Wind.

Pensamento de ocasião

Caímos em catalepsia
e sabemos bem o que encontraremos.
Por abismos seguros, caímos
E só os desconhecemos porque 
nunca os havíamos tocado.

De súbito, sinto-os inteiros.
Esmagador.
Tudo existe quando eles existem
e porque existem.
Terrivelmente esmagador.

Como um chamamento divino,
caminho ao encontro desse universo.
E da sua impossível, mas sólida presença,
eu nasço.

Não conheço o número das pombas 
e isso agrada-me.
Quem nos evita a queda do conhecimento?
Quem nos protege da sua inevitabilidade?
Conhecer é cair no abismo que nos conduz à ipseidade,
e a todos os lugares comuns.

Tudo é uma repetição diferente de pequenos sons,
de pequenos passos. 
De voos que quase acontecem
quando os vossos sorrisos são alados.

R.